terça-feira, 12 de abril de 2011

Investimento - Renda obtida com imóveis comerciais no Brasil é o dobro da média mundial

A renda anual obtida por meio do aluguel de imóveis comerciais das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro foi o dobro da média de outras capitais ao redor do mundo em 2010, de acordo com dados da consultoria imobiliária Colliers. Segundo o levantamento, no mercado de escritórios, São Paulo apresentou taxa de retorno (Cap Rate) de 11% no ano passado. Já o Rio de Janeiro teve 10,5% de taxa média de retorno. As duas cidades aparecem bem na frente de grandes centros como Toronto (6,60%); Nova York (6%); Londres (5,75%) e Munique (4,50%). Na média, as cidades ao redor do globo registraram taxa de 5,5%. Imóvel industrial Ainda segundo o estudo, no mercado de imóvel industrial, as cidades brasileiras tiveram uma taxa de retorno ainda maior. No topo da lista das mais rentáveis está o Rio de Janeiro, com taxa de retorno de 12,5%. Logo atrás, a cidade de São Paulo registrou 11,5%, seguida por Chicago (7,5%), Toronto (7,40%), Paris (7,25%) e Tóquio (6,20%). Expectativas O estudo ainda aponta que o crescimento econômico do País este ano deve ser mais moderado do que em 2010, em torno de 4,5%, e dólar deve fechar a R$ 1,75, "o que resultará numa provável desaceleração no ritmo de crescimento dos preços do mercado imobiliário de curto prazo", segundo a Colliers. Assim, a expectativa da consultoria é que o mercado de escritórios de São Paulo alcance a superoferta em 2012, "com relativa estabilidade nos preços e posterior queda". Já o cenário do Rio de Janeiro deve seguir com tendência de alta no mercado de escritórios e encontrar o estágio de superoferta apenas em 2014.

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Como diz o ditado popular: alegria de pobre dura pouco.

Ontem o governo achou mais um culpado pelo desequilíbrio do câmbio , alta dos juros e da inflação: o consumidor. A partir de hoje todas as operações de crédito à pessoa física, inclusive crédito imobiliário, vão pagar Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 3,0%, ante o atual imposto de 1,5%, conforme o ministro da Fazenda, Guido Mantega. A tributação incidirá sobre um volume de R$ 700 bilhões em operações de crédito. "A prestação vai ficar mais salgada", afirmou Mantega, para desespero dos milhões de adeptos dos carnês de pagamento de bens duráveis, especialmente, nas classes C e D. Essa decisão provavelmente vai impactar o projeto de abertura de capital, anunciado ontem, da rede Magazine Luiza, que na semana que vem deve começar a reserva de ações para o seu IPO, previsto para o começo de maio. Segundo Mantega, a medida visa a ajudar a trazer a inflação ao patamar adequado. Ele antecipou que essa medida é apenas regulatória e que ela poderá ser revista ou retirada assim que a oferta de crédito seja normalizada, atingindo patamares mais saudáveis, com expansão de 12% a 15%. No primeiro trimestre do ano o crédito ao consumo já acumula crescimento anualizado de 20%, afirmou o ministro. A medida foi adotada depois da divulgação de uma inflação acima das expectativas do governo no IPCA de março. Ele lembrou que a disparada de preços no início do ano tem sido puxada pela valorização das commodities, como o petróleo, que ficou mais caro por causa dos conflitos no norte da África e no Oriente Médio Para ele, a inflação deste ano deverá ficar em 5,9%, acima do centro da meta, que é de 4,5%. Mantega também citou a pressão sobre as cotações das commodities vinda de uma excessiva liquidez de recursos no exterior. De acordo com ele, os países emergentes crescem mais que as nações desenvolvidas e, por isso, mostram índices de inflação mais elevados. Acrescentou que o risco de a inflação dos alimentos se espalhar a outros setores aquecidos, ao justificar a taxação de IOF e antecipou que há possibilidade de outras medidas para segurar a elevação do crédito e da demanda. Curiosamente, depois de acabar com a alegrias dos pobres e seus carnês, e ele nada disse sobre cortes de custos do governo, que exercem pressão enorme sobre juros e câmbio.