segunda-feira, 21 de março de 2011

Investimento: Rentabilidade IGPM + 8%

Há dois fundos atualmente com ofertas em aberto: o Empírica Fll e o WTorre Petro, ambos com cotas distribuídas pela Oliveira Trust. No Empírica Fll, a aplicação inicial é de R$ 30 mil e o retorno estimado é a variação do IGP-M + 8% ao ano. O fundo visa captar R$ 100 milhões, por meio da venda de 100 mil cotas, a R$ 1 mil cada. Os papéis podem ser comprados até abril e o prazo do fiindo é de dez anos. No WTorfe Petro, a aplicação inicial é de R$ 10 mil. A intenção é captar R$ 390 milhões, distribuindo 390 mil cotas, a R$ 1 mil cada. Por meio da venda dos títulos, o fundo erguerá um edifício para alugar à Petrobras, localizado no Centro do Rio. Nos planos da Oliveira Trust, está fechar o ano com lançamento de oito a dez fundos, para investidores qualificados (que têm aplicações superiores a R$ 300 mil). Os fundos lançados pela distribuidora serão destinados a aquisição e construção de imóveis, compra de crédito imobiliário e negociação de direitos de crédito. Outra instituição que pretende lançar fundos este ano é a Caixa, que emitirá títulos de até quatro fundos este ano, a maioria voltado para imóveis de logística. Um deles será destinado ao Porto Maravilha, projeto de revitalização da Zona Portuária do Rio. O fundo, porém, é fechado e os recursos serão obtidos apenas via Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). MAIS R$ 3 BI. Na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), há outros oito registros de ofertas de fundos imobiliários em análise, que somam R$ 3 bilhões. BTG Pactuai e Oliveira Trust têm objetivo de captar até R$ 1 bilhão cada. Segundo o consultor de Finanças Mauro Calil, para que o investimento nesses fundos seja válido, o dividendo pago deve atingir, no mínimo, 0,7% ao mês. Na comparação com a aplicação num fundo imobiliário e na compra de um imóvel para locação, Calil frisa que a primeira situação tem vantagens como maior liquidez, ausência de aborrecimentos com o inquilino e risco diluído com mais investidores. “Se pensarmos em liquidez, quando se é proprietário de um imóvel que vale R$ 500 mil, e se precisa de R$ 50 mil, não há como vender um quarto; tem que vender a casa toda. Nos fundos, pode-se vender as cotas nesse valor.” O consultor acrescenta que quando se vende as cotas – a negociação, normalmente, é realizada, diariamente, através de leilões na Bovespa em três dias úteis, o dinheiro entra na conta, contra uma média de 30 a 40 dias na venda de um imóvel. Na parte tributária, enquanto os cotistas dos fundos imobiliários são isentos do pagamento de IR, quando o investidor é proprietário de um imóvel, ele tem de arcar com uma alíquota de 27,5%, lembra Calil. LIQUIDEZ LIMITADA. Como a liquidez do mercado secundário ainda não é a ideal, esses fundos são indicados para aplicações de médio prazo. Calil aconselha que o investidor distribua o montante aplicado em mais de um fundo. O investimento, apesar de ser conservador, tem riscos indiretos embutidos, acrescenta o consultor. “Em caso de um desastre ambiental, por exemplo, uma região inteira pode se desvalorizar e, com a renda de aluguel em queda, o fundo paga um dividendo menor ao cotista.” Para o BTG Pactuai, o seg¬mento de shopping centers é dos mais promissores, por ser “pequeno e fragmentado, quando comparado a outros mercados e, portanto, tem forte potencial de crescimento impulsionado pelo cenário macro favorável”. No ano passado, o merca do de fundos imobiliários mostrou que continua em forte expansão. O volume de ofertas de fundos bateu recorde, e triplicou em 2010, passando para R$ 9 bilhões, num total de 39 ofertas. Na comparação com o volume de 2008, o montante cresceu 17 vezes. A liquidez também aumentou: o número mensal de negócios passou de 40, no início do ano, para 100 no final de 2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário